Monday, June 25, 2007

ch-ch-changes!

Reviravoltas, sonhos mudados, (in)certezas, sentimentos, sensação de vazio, sensação de felicidade completa, sensação de ter sido feita de trouxa, conversas, muitas conversas, risos, choros, desabafos, conselhos, cerveja, muita cerveja, decepção, coração apertado, coração saltitante, frio na barriga, medo, choro, raiva. Aparecimentos, desaparecimentos, reaparecimentos... Bem me quer, mal me quer. Mal estar, bem estar.
Tudo veio tão rápido, mudou tão rápido, se foi tão rápido e voltou mais rápido ainda que mal deu tempo de respirar e absorver tudo.
E eu? Continuo vivendo...

Sunday, June 10, 2007

Ciúmes

Sou um exemplo atípico de filho único. Sempre tachados como mimados, egoístas, ciumentos, egocêntricos e todas as outras palavras ruins que existem no dicionário que sirvam para qualificar aquelas pessoas bem azedinhas. No entanto, no meu dicionário essas palavras sempre foram inexistentes, ou talvez quando eu estivesse aprendendo a juntar as letrinhas e formas as sílabas, eu as tenha pulado sem ao menos perceber. Ao contrário do que normalmente acontece aos filhos únicos, por tudo sempre ter sido meu, e eu nunca ter tido aquela irmã mais nova que assaltava o guarda-roupa e usava a blusinha nova e linda de morrer que eu tinha comprado e estava esperando a oportunidade ideal de estreia-la, sempre fui desapegada as coisas materiais. E isso está longe do fato de eu ter feito os votos perpétuos de pobreza e caridade. Eu apenas gosto de dividir as coisas. Nunca me importei em estar indo para balada, quando a amiga vira e fala, pouts queria taaaanto ir com a blusa que você está! e eu, não mais do que prontamente, tirar e entrega-la à amiga que abria um sorriso de orelha a orelha com meu gesto 'não esperado'.
Sempre soube lidar com mimos, egocentrísmos e outras coisinhas mais. Porém, esqueci de ler a cartilha do ciúmes. E não só a parte de saber lidar com ele, como também a parte de não sentir... Posso dizer com convicção, o tal do bichinho do ciúmes rondou a minha cabeça tantas vezes quanto as do bichinho da inveja, e a soma dos dois dá o inacreditável resultado, zero. Acredite quem quiser (ou conseguir) desses males da humanidade eu não sofro. Assim como, infelizmente (ou não), não guardo rancor de nada, de ninguém.
Não sei, não consigo, não aprendi e nem quero ter, sentir ou aprender o que é ciúmes. Prefiro continuar a quilômetros de distância dessa coisa que ninguém sabe explicar o ponto exato em que deixa de ser gostoso e saudável e passa a ser um peso. Assim como não sei sentir, não sei lidar com ele. Na minha cabeça ciúmes sempre foi desconfiança, e a partir do momento em que você desconfia sem ter motivos plausíveis para isso, é sinal de que está julgando as atitudes da outra pessoa pelas suas. Pronto, é neste ponto que eu reverto a situação e passo de vítima à bruxa malvada num piscar de olhos. Não entendo as reações, brigas, caras e bocas (feias) de quem está com ciúmes. E a partir daí começo a provocar, alfinetar, e o pior de tudo, rir. Da situação e da pessoa. Não sei me controlar e sempre acabo piorando a situação.
Está aí um ponto a ser mudado, (talvez eu coloque isso nas promessas de ano novo) lidar com o ciúmes e entender que não é porque meus anticorpos matam o bichinho antes mesmo dele entrar em mim, que isso aconteça com todo mundo.

O que seria do preto se não existisse o branco?

Tolerancia a la Diversidad por siempre.